Charco - Mafalda Veiga
Se chover na madrugada em
Que eu procuro o meu caminho
Será vaga a nostalgia que outro
Charco faz viver
A canção lânguida e lenta de
Quem vai devagarinho
Em cada charco uma mágoa que
Não se pode esquecer
Tenho ideias que não tenho
Sentimentos que não sinto
Sou imagem de outra imagem
Que se fez não sei de quê
Procuro a minha rota descobrindo
Que não minto
E o que minto atiro fora para
Nascer outra vez
Não sou forte nem sou pedra
Nem sou muro levantado
Nem sou obra que se erga pouco a pouco
Tempo afora
Antes sou como uma ideia
Que se despe do passado
Uma planta enraizada na sina da sua hora
Se chover na madrugada em
Que eu procuro o meu caminho
E eu cair em cada charco mas
Seguir por onde vou
Deixarei de olhar no rio de
Todos mas tão baixinho
Porque é mais profundo o charco
Onde o que beijo é o que sou
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