Maria Da Cruz - Mathilde Larguihno
Chamava se ela maria de sobrenome da cruz
E na aldeia onde viva sorria
Vivia na paz de jesus
Tinha um amor a quem ela
Seu coração entregara
Junto ao altar da capela singela
Onde ela paixão lhe jurara
Mas certo dia veio a saberse na aldeia
Que o seu pastor lhe mentia
Que esse amor se lhe extinguia
Como a luz duma candeia
Desiludida no seu amor
A maria deixou o lar e perdida
Veio caír desfalecida
Num portal da mouraria
Sofreu a dôr da amargura
Perdeu o viço e a côr
E não voltou a ventura ternura
A doçura do amor do pastor
Ehoje por cruza maria que
É da cruz por seu fadário
Arrasta na mouraria a cruz da
Agonia a cruz do calvário
Ainda canta uma canção quase morta
Mas um estertor na garganta
Oiço já quando ela canta
Ao passar á minha porta
Não tarda o dia em que
Ela enfim já vencida
Terminará a agonia de
Arrastar na mouraria
Toda a cruz da sua vida
Não tarda o dia em que
Ela enfim já vencida
Terminará a agonia de
Arrastar na mouraria
Toda a cruz da sua vida
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