A Cidade Contra o Crime - Selma Reis
Estava dando uns bordejos pelaí
Quando derepente a figura apareceu
E dentre tantos me escolheu
Mas o barulho da cidade está
Tão grande que eu não pude nem ouvir
Quando o pinta me rendeu
Não se move aí ô meu
Mas que pinóia eu o rei da paranóia
Que não largo a minha bóia
Mesmo quando estou a pé
Mé que eu dou esse azarão
Eu faço parte desse medo coletivo
Já não sai nem se confio
Na polícia ou no ladrão
A barra não tá mole não
Ladrão já tem que andar
Com plaqueta de identificação
A dita anda dura mesmo com a abertura
O cara disse
Fica quieto vai tirando toda a roupa
De conforme o que está no meu direito
E eu só via mu defeito
A que eu vestia estava
Todo esburacada
Remendada esfarrapada
Bem puída no maltrato
Vou tentar fazer um trato
Pensei depressa aonde
Estava aquela quina
Que sobrou do meu trocado que hoje
Chamam de salário
Trabalhador tu é otário
E foi aí que eu notei que o pivete
Tremia muito mais que eu que tava
Pela bola sete
Olhei melhor pro salafrário
Notei que a arma que o fulano segurava
Era meio que chegada a um cheiro de sabão
Na rapidez meti a mão
O trinta e oito se partiu em zil pedaços
E o coitado do palhaço ficou meio se ação
Aproveitei a confusão
Mandei que ele desvestisse a roupinha
Tá mais limpa tu que a minha
Inclusive a santinha
Não esquece a sunguinha heim ô
Ele chorava de bobeira
Me mostrando a carteira
Que continha a exploração de seu patrão
Me livra dessa meu irmão
Que eu não tive opção
Galinha comeu pipoca
Em cima da minha solução
Tá caro tudo no meu lado
Já não sei o que é feijão
Mas acontece meu amigo
Que eu também tô a nenem
A concorrência oficial não
Tá deixando p'rá ninguém
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